Fui rocha em tempo, e fui no mundo antigo tronco ou ramo na incógnita floresta... Onda, espumei, quebrando-me na aresta Do granito, antiquíssimo inimigo...
Rugi, fera talvez, buscando abrigo Na caverna que ensombra urze e giesta; O, monstro primitivo, ergui a testa No limoso paúl, glauco pascigo...
Hoje sou homem, e na sombra enorme
Vejo, a meus pés, a escada multiforme, Que desce, em espirais, da imensidade...
Interrogo o infinito e às vezes choro... Mas estendendo as mãos no vácuo, adoro E aspiro unicamente à liberdade.
Tal como a palavra o silêncio é uma arma. Mais do nunca não nos devemos calar perante a injustiça, perante a desonestidade, perante a putrefação, ante a iniquidade. Vamos, então, arrumar a arma do silêncio e segurar fortemente no poder da palavra e gritar "Basta!".
Aos/às amigos/as votos de um 2009 repleto de saúde, paz e muita alegria, onde imperem os sonhos, as emoções e a harmonia. Que seja o ano das realizações e dos sucessos iluminado pelo amor, pela compreensão e pela esperança...